O blogger de Felix Ramos

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quarta-feira, 22 de maio de 2013


 Cultura e a razão de Estado
A Identidade do Estado Angolano e o nacionalismo constitucional


João Pinto*

Colonizar é a raiz da palavra latina colere que, em português clássico, significa cultivar. Para os romanos colonizar era cultivar terras vizinhas do império (romano). O conceito de colere começou a ser entendido como emigração, descobrimento, conquista, dominação de um povo em termos económicos, políticos e culturais.
O objectivo do colonialismo como sistema resulta da subjugação de todo um povo ou povos de renunciar os seus valores culturais a fim de adoptar os valores do outro. Com a chegada dos europeus (séc. XV), cuja a instalação se verificou no séc. XVI (edificação da cidade de Luanda, então S. Paulo de Assunção por Paulo Dias de Novais), surge o interesse de impor os valores cristãos aos africanos, como religião/baptismo, nome e vestuário.
Numa primeira fase há uma relativa colaboração e reconhecimento mútuos com pactos de amizade (Ukamba) ou vassalagem para os europeus, dando todo apoio aos obedientes e neófitos.
No Kongo, Matamba e Ndongo vão surgir as resistências das elites locais. O kongo vai ter uma influência cultural de europeus aceite pelas cortes com baptismo de Nzinga Nkuvo e com o regimento de Silveira de 1512. O Ndongo vai resistir com a dinastia Ngola-a-Mbande, especialmente entre 1575/1671. Com a conquista de Mpungo a Ndongo. Diz-se que a Rainha Jinga, convertera-se ao cristianismo, tem algo de verdade, mas ela combateu sempre os portugueses até aos 75 anos de idade. Ao baptizar-se ela cumpria a diplomacia N´gola ou Ambundo: tunga né wmuijie yfua yê ou conviva com ele para que o conheças… Mwene Jinga, sempre teve práticas militares, políticas e religiosas criticadas, como a aceitação das leis “jagas” de N´Temba N´dumba, por Cavazzi e Cadornega, as suas reclamações constantes da “falta de lealdade” dos portugueses em raptarem as irmãs Kambo e Fuxi e a execução dos nobres capturados em guerras, ofendendo toda ética da nobreza. Jinga Mbande morreu aos 17 de Dezembro de 1663, com mais de oitenta anos e foi acompanhada pelo italiano Cavazzi de Montecullo, tendo como herdeira a irmã D. Bárbara, esposa de Jinga Mona que Cardonega tanto refere. Ela aceitou no último momento de sua vida a unção sacramental e aconselhou os makota ou ministros, conselheiros, em respeitarem os ditames finais, vide (Cavazzi pag.123 ss.
Há uma presença constante e interferências dos valores do outro, gerando o choque versus resistência no âmbito do poder político, com o problema da sucessão entre sobrinhos e filhos educados à portuguesa. Exploração e subjugação das elites locais por terem aderido aos valores extra comunitários, gerando revoltas e denúncias entre então amigos e actuais rebeldes, e consequente resistências e lutas e deportação ou morte aos derrotados.
O surgimento de correntes anti-portuguesas por se imiscuírem constantemente na vida cultural negro-africana, e o acelerar de alianças do Ndongo com outros conquistadores como holandeses.
As lutas de ocupação efectivam-se no século XIX com a conferência de Berlim 1884/5 e apresentação do mapa cor de rosa (figura 1) português de Angola a Moçambique e o Ultimatum inglês de 1890 que exige aos portugueses a actual configuração dos territórios de Angola e Moçambique e a prova de ocupação leva à penetração para o interior de Angola (Calvet de Magalhões 2000), ou seja, o planalto central, mais a sul, vai começar a efectivar-se nos finais do sec. XIX, dando origem às resistências do planalto com Mutu ya Kevela, Ndunduma, Mandume, este morto aos 6 de Fevereiro de 1917 em defesa do seu reino e povo em Namacunde, Kunene.

Com a morte de Mandume, o Sul vai ser o el dorado “como uma dádiva”, a violação das mulheres viúvas de notáveis ou descendentes vai ser uma prática para ocupação efectiva (René Pelessier 1968).
As políticas coloniais só vão encontrar eco de organização sistemática com o imposto do indígena através do Diploma Legislativo n.º 237 de 4 de Junho de 1931, o Acto Colonial e, posteriormente com a categorização dos angolanos entre assimilados versus indiginas nos termos do decreto 39666 de 20 de Maio de 1954, vigorou formalmente até 13 de Setembro de 1961 revogado pelo Decreto Lei n.º 43893, período convencionado como tendo dado inicio a luta armada (4 de Fevereiro) por parte dos nacionalistas. O massacre da baixa de Kassanje/Malanje no dia 4 de Janeiro de 1961, resultado de uma exigência de trabalhadores revoltados, posteriormente os ataques contra fazendeiros de origem europeia e todos que com eles convivessem, em 15 de Março de 1961. Esses actos foram as armas de combate que os angolanos utilizaram para fazerem lembrar o regime colonial português que era anacrónico e tacanho. Foi o grito dos angolanos, embora alguns actos, na época, fossem vistos como violentos e “terroristas”, mas numa análise política actual foram as armas de combate utilizadas como última alternativa. Segundo Duverger, a ditadura lusitana já sabia da nova ordem mundial pós segunda guerra. A ONU condenava o colonialismo com a resolução 1415 de 15 de Dezembro 1960.
O nacionalismo como corrente que procura congregar o conjunto de valores que servem de referencia identitária de um conjunto sócio/cultural. O nacionalismo procura os elementos simbólicos de uma comunidade almejando o ideal espiritual como a História, Arte, Filosofia, Religião e Línguas. O nacionalismo pode extravasar o espaço territorial e cultural sempre que existam elos comuns supra enunciado.
O nacionalismo surge sempre numa primeira fase associado à militância política como meio aglutinador, mas quando se afasta o adversário comum (colonizador ou dominador) é formalizado juridicamente com aquilo que é juridicamente considerado como nacionalismo constitucional(Xacobe Bastida 1998:189). Por força da cidadania fundada na igualdade, afastando deste modo discriminações fundadas na origem étnica, racial, linguísticas, económica, social e cultural. O nacionalismo militante termina com o surgimento de leis gerais e abstractas que procuram proteger todos os filhos da nação jurídico-formal atendendo sempre a consolidação da unidade nacional através de políticas sociais, económicas, culturais e educativas de inclusão do cidadão.
O nacionalismo militante pode ser perigoso e radical, porque, muitas vezes, baseia-se em critérios emotivos e restritos, gerando excessivas desconfianças em relação aos moderados ou indiferentes, eis a razão pela qual se deve desenvolver e promover a liberdade de consciência, igualdade, cidadania ou nacionalidade como resultado do pluralismo cultural.
A cidadania resulta da identidade supra enunciada, sem ela perde-se a alma, mas a identidade de um Estado é o resultado das várias identidades tornadas uma, várias histórias tornadas uma, várias línguas aglutinadas para servirem de meio de comunicação, mas optando-se por uma, várias religiões no âmbito da liberdade de consciência, várias cores ou aspectos somáticos onde releva o valor inerente a pessoa, onde a cultura é a alma de todos, exterioriza o estar e o sentir. Eis a razão da identidade constante no B. I. Angolano consignado na Lei 17/96 de 8 Novembro, que prevê o nome, filhação, idade, cor, raça1 assinatura e as impressões, ou seja, o Homem tem uma identidade. O Estado é o resultado das várias identidades, não se deve perder a história ou o ser e estar de cada um sob pena de alienação ou tornar-se outro. Mas as diferenças naturais e sociais devem garantir a dignidade da pessoa humana, segundo Locke, deve respeitar-se a dignidade da pessoa humana enquanto tal e qualquer discriminação arbitrária deve ser punida, mas a igualdade não implica uniformidade, o que importa é que se diga quem é o pai ou mãe onde nasceu e você (eye nê, watunda pi?, Kimbundo e Umbundo respectivamente). Quem somos e para onde vamos é a razão da verdade histórica, o Direito pauta comportamentos para se evitar arbitrariedade, vide artigos 2.º 18.º, 19.º e 45.º da LC e artigos 2.º e 3.º da Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos ou «Carta de Banjul», aprovada pela Resolução n.º 1/91 de 19 de Janeiro, da Assembleia do Povo; 7.º ,15.º 18.º DUDH.
A igualdade entre os angolanos deve ser o timbre da angolanidade, mas a etnicidade resulta de categorização etnónima que não podemos fugir, desde que não se utilize para fomentar o racismo, tribalismo ou discriminações sociais ou culturais, económicas quer sejam por acção, quer por omissão. Ser angolano é valorar a história dos reinos bantu e não bantu aqui encontrados, bem como a herança colonial que deu origem ao multicultarismo.
Não podemos rejeitar a nossa herança identitária seja qual for a cor, religião, local de nascimento, convicção política ou filosófica. As minorias, sejam quais forem, devem ser protegidas no sentido de solidariedade e respeitarem a identidade de Angola. Pois, o natural deste País foi vendido primeiro como escravo e depois discriminado por nascer na província ou no ultramar, “é de cor, negro, branco de segunda, mulato, cabrito é africano, é assimilado, é indigina, é perguiçoso (preguisoço)” é o angolano que come funji, pirão, Kikwuanga, funbua, jinginga, calulu, cozido.
Dança kizomba, semba, tarrachinha, “kuduro” em London, New York, Lisbon, S. Paulo, Luanda, Malanje, Huambo, Kunene, Tômbua, Kabinda, N´banza Kongo, Wije, Kaxitu, Katete, Massangano, Kuvangu, Mwila, Lwena, Lunda é o Angolano ou mwangolê resulta destas histórias tornadas uma, mas que não se pode negar porque existe… A Nação, sociologicamente, resulta da “etnicidade” que por sua vez tem uma relação estreita com as línguas, religiões, histórias, mas sem prejuízo da igualdade jurídica para a construção da nação política, soberania ou Estado, evitando potenciais discriminações ou afastamento ao acesso das prorrogativas da cidadania nacional seja ela qual for, (artigos 18º da LC, 1º da DUDH, 1º da Convenção Universal Contra todas formas de discriminação racial e 3º da Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos2).

COMO MELHORAR E DESENVOLVER A CONFIANÇA?

Apresento em seguida um conjunto de estratégias que aplico em alguns programas de desenvolvimento pessoal:

Adopte uma atitude positiva na vida. Nas questões do seu dia-a-dia, no seu trabalho, estudo ou lazer, deve esforçar-se para se relembrar que deverá tentar colocar-se num estado positivo (alinhado com os desejos e objectivos). Isto permite que perante algo mais difícil e aborrecido não faça auto-sabotagem e não se coloque num estado de incapacidade (um estado com menos recursos).
Evite pensamentos depreciativos. Em casa ou nos momentos de reflexão (quando está a falar para si próprio ou a pensar nas questões da vida), deve tentar tomar consciência se está a abrir o “Livro das Lamentações” ou o “Catálogo das Frustrações”… as experiências anteriores são coisas que fazem parte do passado, são os seus sentimentos a avisarem-lhe que algo de desagradável se está a passar na sua vida. Nestas situações não deverá:- Pensar que é a pior pessoa do mundo
- Que não tem valor nenhum como pessoa
- Que os outros são melhores e têm uma vida melhor
- Que as coisas nunca irão melhorar
- Ter pena de si
- Pensar nos seus insucessos e achar que é um falhado
- Todos estes tipos de pensamentos são “PROIBIDOS”
Construa o seu livro motivacional. Arranje formas de se auto-motivar para alcançar aquilo que deseja. Não abra o “livro das lamentações”, esse livro neste momento é proibido. Olhe para a solução das coisas, veja a melhor maneira de ultrapassar as dificuldades. Tente perceber qual é o seu melhor estado para fazer as coisas de uma forma motivada: o que pensa, diz e imagina para si, para se sentir com mais vontade e energia? Tente perceber isso. Depois reproduza isso o maior número de vezes possível. Deve escolher um conjunto de afirmações que estejam alinhadas com aquilo que pretende melhorar ou que gostaria de conseguir atingir. Deverá então mentalmente ler o seu “Livro Motivacional”, e falar de forma construtiva e assertiva consigo próprio:- Eu quero melhorar
- Quero ter uma visão positiva da vida
- Quero ser bem-sucedido
- Quero ter bons relacionamentos
- Vou acreditar em mim
- Vou valorizar-me
Desenvolva o processo passo a passo. Deve começar este processo passo a passo com muita calma, é possível que por vezes o seu humor seja afectado e diminua – perante esta situação tem de ter muito cuidado e não deverá confundir-se com o seu “mau humor”. Aceite-o, mas não deve concluir que está a ter os pensamentos que sempre teve, ou a piorar, ou que afinal não vale a pena o processo de auto-ajuda que está a fazer (consigo mesmo). Isto é o seu problema a manifestar-se (insegurança) ….Está a pedir a sua atenção…e deve dar-lha, mas pelo lado construtivo, lembrando-se que é você que tem de escrever o seu guião, que é você que tem de realizar o filme da sua vida e produzi-lo. Tem de trabalhar na sua motivação e atitude (mesmo que no início isso exija algum esforço).
Aprecie as coisas boas na sua vida. Todos nós mesmo nos momentos mais frágeis da nossa vida, possuímos coisas que ainda nos fazem sentir bem e que nos permitem olharmos para elas como uma fonte de motivação e orgulho. Provavelmente ainda tem aquele amigo que lhe quer bem, que o ajuda nos momentos críticos. Consegue ser autónomo na sua vida, se não consegue tem pelo menos alguém que a ajuda, se não tem ninguém que a ajuda, tem pelo menos forma de a procurar. Ainda que possam ser poucas coisas, foque-se naquela que percebe como sendo uma mais-valia e desconformes a ideia de que tudo é mau.
Aprecie as pequenas conquistas. Pouco a pouco vá olhando para as pequenas conquistas que fez, para as coisas boas que tem na vida e sobretudo para aquelas que quer vir a alcançar. Você consegue, se escolher fazer coisas para alcançar os resultados desejados.
Comece bem o seu dia. Antes de se deitar, deseje acordar bem-disposto. Nós temos a capacidade de mudarmos algumas coisas em nós. As nossas atitudes, humores, e forma de ver a vida não são fixas. Devido à plasticidade cerebral que possuímos enquanto seres humanos, podemos sempre por força da vontade reprogramar, comportamentos que sabemos serem mais valiosos e mais facilitadores para a nossa vida. Acordar mal-humorado não é certamente algo muito enriquecedor. Você será capaz de ir implementando isso pouco a pouco. Lembre-se que tem controlo sobre os seus pensamentos, quer tenha consciência ou não, é você que decide se quer acordar bem-disposto ou mal disposto: O que é que irá fazer?
Organize o seu dia mentalmente. Veja-se a chegar com uma boa atitude ao trabalho ou local de estudo, pense que irá cumprimentar as pessoas com um sorriso, mas que não vai ser forçado, mas sim porque é uma coisa que você quer que passe a acontecer, você deseja isso, pretende ser assim. Ser simpático e querer-se ser simpático é uma mais-valia na nossa vida, é uma virtude que deveremos trabalhar. Veja-se a conseguir resolver as coisas de forma construtiva, olhe para si como alguém que é capaz de sair de casa e ir à luta.
Aceita o seu estado actual. O fato de neste momento estar a fazer algumas coisas que não são as ideais, de não se sentir tão seguro com deseja, ou não ter tanta convicção nas suas acções, não significa que não as aceite (e também não fazem de si uma pessoa com menos valor), aquilo que se propuser a fazer neste momento, é uma via para vir a alcançar aquilo que pretende, logo é uma coisa boa, deve valorizar essa sua atitude e capacidade.
Aceite o seu momento emocional menos bom. O fato de por vezes se sentir mal emocionalmente, não faz de si uma pessoa triste, desmotivada e desesperançada. Todos nós passamos por momentos difíceis na vida. Não faz de nós pessoas menos capazes ou com menos valor e muito menos “miseráveis.
Leve em consideração que pode melhorar. Ao querer autoajudar-se, está a dar o primeiro passo para a sua melhoria. Por vezes as contrariedades da vida permitem-nos aprender outras formas de encarar a vida e preparar-nos para as adversidades. Veja o lado positivo, está a trabalhar para ultrapassar um momento menos bom da sua vida, e está a conseguir aos poucos. Esta sensação de estar a ajudar-se a si mesmo por certo lhe transmitirá um sentimento de capacidade e consequentemente de melhoria da sua confiança.
Mantenha-se firme na sua motivação. No caminho da melhoria existem sempre alguns momentos menos bons, não se deixe abater por isso. É normal ficar um pouco mais em baixo, com menos vontade (como qualquer outra pessoa) não se deixe confundir ao ponto de pensar que pode estar a piorar. Mantenha-se confiante que está no bom caminho, e que em algumas situações de vida já consegue ter uma atitude mais positiva, melhor humorada e mais construtiva. Continue assim.
Mude de canal. Quando perceber que está a ter pensamentos depreciativos, mude de canal, como se tivesse a mudar a estação de rádio do seu carro. Habitua-se a fazer isto. Todos nós fazemos isso quando algumas coisas nos chateiam e sabemos que não vão ter grande importância no futuro. Mudamos de canal, pensamos noutras coisas ou decidimos não dar atenção a aquela situação ou pensamento.
Sinta o seu corpo. Perceba quando o seu corpo está relaxado e descontraído que se sente melhor (registe essa sensação) e quando estiver numa situação de ansiedade ou mais desesperado e incapaz, tente recordar-se dessa sensação, tente reproduzir essa sensação de bem-estar no teu corpo. Isto irá ajudá-lo a não ficar num estado de alerta e consequentemente permite-lhe organizar os seus pensamentos.
Cuide de si e seja “vaidoso”. O ato de cuidar de nós, só por si revela o apreço e a dedicação que temos por nós mesmos. Indirectamente estão a dizer que vale a pena ter atenção a nós, que existem coisas que gostamos de fazer, que gostamos de nos sentir de determinada forma, pois isso faz-nos sentir bem. E sentir bem é uma coisa boa, por isso não se esqueça de cuidar de si. Não se esqueças de si mesmo. Faça coisas de que gosta, que lhe dêem prazer e bem-estar. Uma boa refeição, um chocolate, um passeio ao luar, um banho de emersão. Qualquer coisa de que goste, faça isso, coloque isso na sua agenda e faça. Faça isso de forma programada, diga a si mesmo, “agora vou fazer isto que tanto gosto e me dá prazer.”

A psicologia positiva ocupa-se da promoção das forças e virtudes existentes em cada individuo, relegando para segundo plano o modelo de interacção meramente psicopatológico que observa as pessoas através das lentes do modelo da doença ou do problema. De acordo com esta abordagem, acredito que cada um de nós independentemente das vicissitudes da vida, podemos sempre escolher focar-nos naquilo que temos de melhor, ou que ainda nos resta. Fugir à vitimização, aceitar os maus momentos e acreditar que munidos das nossas melhores capacidades e virtudes conseguiremos minimizar as contrariedades e vencer os obstáculos.

Força para você.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Os reinos de angola


Os reinos de angola 

De acordo com o mapa dos reinos históricos de Angola ( instituto de investigação do povo Bantu ),o reino do Kongo englobava as provincias do Záire, do Uíge, a maioria da província do Béngo e do Kuanza Norte, bem como a parte norte da província de Malánje.
O reino do Kongo era o maior de Angola, pois grande parte de Angola pertencia ao reino do Kongo, porém o nordeste de Angola pertencia ao império Nlúnda .
Os reinos de Matámba e Ndóngo,englobava parte das províncias de Malánje,do Béngo e quase toda a província do Kuánza Súl , com exeção do reino de Kisamã, que situava-se na parte costeira do Kuánza Sul.
Os reinos do planálto eram : Manba, Sánga, Ndálu, Bailúndo, Tchisángê, Ngánda, Tchiáka, Huámbo e Bié, totalizando nove impérios, só na grande área do planalto, porém o reino de Kasánje englobava parte da provincia do Bié, a baixada da atual Kasánje e a parte ocidental de Lunda Norte, causando grandes batalhas entre os reinos de Bié e Kasánje, pois o rei de Bié dizia ser dele aquelas terra , enquanto o rei de Kasánje dizia o mesmo.
Os reinos Tchokwe era o império Nlunda, que englobava a província de Lúnda Norte e parte de Lúnda Súl .
Os reinos do sudoeste eram: Músô, Huíla, Mulúndo, Helelos, Tchípúngo, Tchíwémba, Nagámbwe e Ambós .
O reino de Kabínda correspondia aproximadamente ao atual território de Kabínda . A maioria destes vinte e cinco reinos, foram extintos durante o século XVI. Existem provas documentadas que, comprovam que muitos desses impérios foram erguidos ou construídos, antes da hera cristã. Ainda hoje existem alguns desses reinos no país de Angola que são conservados pelo patrimônio histórico.
Com relação as Divindades Bantu, Matamba por exemplo, reinou ao norte do País de Angola. Ndandalunda ou Dandalunda , reinava em área diferente (Nordeste de Angola), Nkosi era do reinado do Kongo e assim por diante, portanto os nossos Minkisi e Jinkísi, eram do mesmo país porém de localidades diferentes e ainda nos dias atuais, essas Divindades, são cultuadas nas suas próprias Localidades, que é bem diferente do culto que práticamos no Brasil, pois aqui cultuamos todos juntos, em um mesmo templo.
Foi essa forma, que nossos antigos sacerdotes, encontraram para que nossa cultura e tradição religiosa sobrevivesse a todas as injustiças e preconceitos impostos ao nosso povo religioso, antigamente no Brasil.
OBS: Os vinte e cinco reinos citados, foram os que sobreviveram por mais tempo, pois existiam um número de quarenta e seis reinos que faziam parte do País de Angola.